No dia 27 de janeiro de 2021, o WhatsApp fez uma atualização da sua política e liberou a integração da API para empresas do ramo farmacêutico. Isso deixou o mercado animado para novas possibilidades, mas ainda com muitas dúvidas sobre o que é ou não permitido.
A DLOA analisou as mudanças e, nesse texto, vamos apresentá-las e discutir o possível impacto do relacionamento das indústrias farmacêuticas com os pacientes e demais players do mercado de saúde e bem-estar.
De acordo com o relatório de outubro de 2020 produzido pela We Are Social e Hootsuite, o WhatsApp é a rede social de mensagens instantâneas mais popular no Brasil. A estimativa é de que 120 milhões de brasileiros tenham uma conta no “zap zap”.
O WhatsApp Business foi criado para atender empresas que desejam usar a plataforma como meio de contato com seus clientes e dispõe de funções convenientes às necessidades corporativas. Um exemplo prático são as contas comerciais utilizadas por muitos negócios para realizar, por exemplo, atendimento ao cliente e pós-venda de produtos.
Um fato interessante de ser observado é que a atualização da política do app de mensagens está bem direcionada para os serviços para empresas.
WhatsApp para indústrias farmacêuticas
Utilizar WhatsApp nas estratégias de comunicação da indústria farmacêutica é um assunto que vem sendo discutido e fortemente questionado há algum tempo.
Entretanto, as particularidades e regulamentações que envolvem essa área de mercado sempre foram uma grande questão nesse sentido. A principal preocupação é não viabilizar a demanda ilegal e imprópria de medicamentos e outros serviços que envolvem a saúde da população.
A nova política do App abriu novas possibilidades já que a integração da API foi liberada para alguns negócios farmacêuticos. Porém, todos os termos contidos na Política Comercial do WhatsApp devem ser seriamente levados em consideração antes de iniciar atividades comerciais pelo app.
Portanto, antes de apontarmos o que é ou não permitido especificamente para a indústria farmacêutica, é importante olharmos para as regras gerais para contas comerciais do WhatsApp.
O que dizem os termos da política do WhatsApp?
Privacidade de dados: a empresa vendedora é responsável pelo fornecimento de informações que se aplicam a termos de venda, termos de privacidade e outros termos relacionados à interação com o usuário.
Transações financeiras: o WhatsApp não se responsabiliza pelos acordos feitos com relação a pagamentos, nem por mediar conclusões de compras. Portanto, esse é um alinhamento que deve ser planejado pela empresa.
Tributações: a determinação, coleta, retenção, declaração e envio de impostos concernentes a venda de produtos e serviços, também são de responsabilidade da empresa.
Autorização de contato com usuário: o termo prevê que o contato realizado com os usuários da plataforma deve ser previamente autorizado pelo mesmo, bem como o fornecimento dos seus dados deve ser cedido pelo mesmo.
O que diz a atualização liberada pelo WhatsApp para empresas farmacêuticas?
Como falamos no início do texto, a partir do dia 27, foram liberadas algumas exceções que envolvem WhatsApp para a indústria farmacêutica na atualização da política do app.
As seguintes verticais adicionais podem ser integradas na API para a sua utilização comercial (o que inclui também o aplicativo WhatsApp Business). Se enquadram nesse contexto:
Fabricantes farmacêuticos |
Fabricantes de dispositivos médicos |
Clínicas de aprimoramento e modificação corporal |
É importante ressaltar que o canal ainda não é totalmente flexível. Isso quer dizer que tudo vai depender do caso de uso.
Quais são os principais casos de uso em que o uso do WhatsApp será permitido para a indústria farmacêutica?
Relacionamento entre profissionais médicos:
- Consulta de medicamentos;
- Solicitação de representantes;
- Solicitação de amostra grátis;
- Envio de convites, lembretes de eventos e conteúdos científicos.
Relacionamento com o consumidor:
- Tirar dúvidas sobre bula (ex.: dose correta do medicamento, reações adversas etc.)
- Participação e conhecimento dos programas de pacientes;
- Descobrir quais laboratórios disponibilizam atendimento;
- Tirar dúvidas sobre vacinas e calendário de vacinação.
O que não é permitido no WhatApp para indústrias farmacêuticas?
Existe uma tendência de flexibilização do canal, no entanto, o app deixa claro que não é permitido comercializar serviços/produtos que envolvem drogas recreativas, sujeitas a prescrição médica ou outras drogas.
Além disso, outra categorização de produtos que não podem ser vendidos por meio da plataforma também foi estabelecida. Entre eles:
- Lentes de contato;
- Curativos e proteções contra lesão física;
- Termômetros;
- Kits para exames médicos ou doenças;
- Bombas de tirar leite materno;
- Kits de primeiros socorros.
Na prática, o que tudo isso significa?
Quando olhamos para os programas de pacientes, estabelecer um relacionamento com o paciente por meios que ele já seja acostumado e prefira ser contatado é um grande ponto estratégico.
Com a flexibilização das políticas do WhatsApp temos, em nossas mãos, uma ferramenta poderosa para atingir os pacientes e até mesmo médicos, de maneira mais efetiva, construindo uma relação mais próxima e que pode resultar naquilo que é o grande objetivo: uma melhor adesão ao tratamento.
A DLOA é especialista em preparar soluções de réguas de relacionamento e Inbound Marketing para a área de saúde e bem-estar. Conheça mais sobre o nosso trabalho e entre em contato com um dos nossos especialistas!