Primeiros passos para a indústria farmacêutica se adequar a nova lei antidoping
Em 12 de janeiro de 2024, foi sancionada a Lei n.º 14.806/24, trazendo importantes mudanças para a indústria farmacêutica brasileira. Esta legislação estabelece a obrigatoriedade de alertas sobre substâncias consideradas como doping nos rótulos, bulas e materiais de publicidade e propaganda dos medicamentos. Com a entrada em vigor marcada para 180 dias a partir da sanção, é essencial que as os laboratórios iniciem imediatamente a preparação para garantir a conformidade.¹
Neste blogpost, exploraremos estratégias práticas para que as indústrias farmacêuticas possam dar os primeiros passos para se adequarem à nova lei.
Doping e medicamentos: uma conexão delicada
A recente publicação da lei levanta uma questão crucial para a indústria farmacêutica: como diminuir o risco de atletas utilizarem seus medicamentos, que porventura possam conter substâncias proibidas pelo Código Mundial Antidopagem, resultando na proibição de sua participação em competições esportivas? Entre as substâncias cujo uso é considerado doping, destacam-se:2,3
- Anabolizantes;
- Estimulantes;
- Hormônios;
- (alguns) analgésicos;
- Diuréticos.
A presença inadvertida dessas substâncias em alguns medicamentos ressalta a necessidade de uma revisão cuidadosa dos processos de produção farmacêutica.³ Essa interseção entre medicamentos e doping demanda uma abordagem proativa por parte da indústria, não apenas para cumprir as novas diretrizes, mas também para garantir a segurança dos consumidores e a integridade de atletas.
Vamos a um rápido passo a passo de quais ações tomar para começar a se preparar para a vigência dessa nova lei.
1° Passo: mudança no rótulo
A partir de agora, os rótulos dos medicamentos devem incluir alertas explícitos sobre a presença de substâncias proibidas pelo Código Mundial Antidopagem. Essa medida visa garantir que atletas e consumidores estejam plenamente cientes dos potenciais riscos associados ao uso desses produtos. A transparência no rótulo torna-se, assim, um instrumento vital para a conformidade e segurança. 1,2
2°Passo: mudança na bula
As bulas dos medicamentos também serão impactadas pela nova legislação, exigindo uma revisão minuciosa para incluir informações detalhadas sobre as substâncias proibidas pelo Código Mundial Antidopagem presentes na composição. Essa medida visa fornecer aos profissionais de saúde e aos usuários finais uma compreensão mais clara e abrangente dos potenciais efeitos colaterais relacionados ao doping.2,3
3°Passo: mudanças na publicidade e propaganda dos medicamentos
A nova lei também prevê que os materiais destinados a publicidade e propaganda deixem claro que aquele medicamento contém substâncias proibidas pelo Código Mundial Antidoping. O objetivo dessa ação é evitar casos de doping acidental por falta de informação nas peças publicitárias sobre a composição do remédio ou suplemento.1
Em síntese, será preciso que a comunicação da indústria farmacêutica seja mais transparente com os consumidores e médicos. E, pensando em apoiar os laboratórios a fazerem essas mudanças nesse período de 180 dias, algumas sugestões no âmbito de publicidade e propaganda, são:
Campanhas educativas detalhadas
- Desenvolva campanhas esclarecedoras, explicando as substâncias proibidas e os riscos associados.
- Utilize recursos visuais, como infográficos, para tornar a informação mais acessível ao público.
Comunicação transparente em todos os canais
- Integre alertas de doping de forma clara e compreensível em todos os materiais promocionais.
- Utilize blogs, e-mail marketing, redes sociais e outros canais para disseminar informações sobre as mudanças, para pacientes e médicos.
Treinamento contínuo da força de vendas
- Assegure-se de que os propagandistas e equipe de vendas estejam bem-informados sobre os alertas e capacitada para responder a dúvidas dos médicos.
- Destaque os benefícios da nova regulamentação em termos de segurança do consumidor.
Como dar os primeiros passos?
Estes são apenas os primeiros passos que as indústrias farmacêuticas precisam dar para estarem em conformidade legal com a nova lei antidoping. Ao tomar essas ações, é possível melhorar a segurança e transparência com os consumidores e classe médica.
Afinal, em um cenário de constante evolução, a preparação antecipada às mudanças é a chave para uma transição suave e bem-sucedida. Entre em contato conosco para começarmos a montar uma estratégia de comunicação de acordo com a nova lei antidoping.
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Referências:
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Nova lei exige alerta no rótulo de medicamentos com substância considerada doping. Agência Câmara de Notícias. Disponível em: https://www.camara.leg.br/noticias/1031623-nova-lei-exige-alerta-no-rotulo-de-medicamentos-com-substancia-considerada-doping/ Acesso em 08/03/2024
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Lula sanciona lei que torna obrigatório alerta de “doping” em medicamentos. Agência GOV. Disponível em: https://agenciagov.ebc.com.br/noticias/202401/presidente-sanciona-lei-que-torna-obrigatorio-alerta-de-doping-em-medicamentos Acesso em 08/03/2024
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Rótulos de medicamentos deverão alertar sobre a presença de substâncias consideradas doping. Ministério da Saúde. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2024/janeiro/rotulos-de-medicamentos-deverao-alertar-sobre-a-presenca-de-substancias-consideradas-doping Acesso em 08/03/2025
WhatsApp chegou ao Brasil em 2010 e, desde então, tornou-se uma ferramenta indispensável no dia a dia dos brasileiros. Depois da Índia e Indonésia, o Brasil ocupa o 3º lugar em maior número de usuários, somando 147,21 milhões de contas em todo o país. Estima-se que mais de 84% dos brasileiros utilizam a plataforma todos os dias no âmbito social e, cerca de 76%, para falar com marcas. Eles passam cerca de 29 horas por mês no aplicativo. Mesmo fazendo parte do dia a dia dos brasileiros há tanto tempo, foi somente em meados de 2021 e 2022 que surgiram regras mais flexíveis, bem como a liberação da API para o uso do WhatsApp pelas empresas farmacêuticas. Entretanto, algumas das regras continuaram muito específicas e restritas para o setor (indústria, varejo e prestadores de serviços). Um dos principais obstáculos, por exemplo, é a proibição da venda e promoção de drogas sujeitas à prescrição médica através deste canal da indústria farmacêutica. Na relação direta com o consumidor, estão permitidas atividades como: consulta de bula, posologia, participação nos programas de medicamentos, esclarecimento de dúvidas e orientação sobre reações adversas. Mas se já é liberado, por que o uso do WhatsApp ainda não está totalmente difundido na indústria farmacêutica? Para entender a questão com mais profundidade, A DLOA vem acompanhando essa discussão entre seus clientes, parceiros e fornecedores. Neste blogspot, reunimos os 5 principais temas que circulam em torno do uso do WhatsApp no setor. Interação é a premissa O WhatsApp se caracteriza como uma mídia social voltada para a interação por troca de mensagens. Muitas empresas temem os riscos dessa situação, como o aumento de relatos de eventos adversos, além do fluxo de dúvidas e reclamações em seus canais. Seu uso apenas como uma simples ferramenta de notificação, além de não ser recomendado, subutiliza a plataforma e frustra os usuários que não conseguem interagir pelo canal. Por isso, é necessário conhecer com quem você irá se relacionar e entender a qualidade do cadastro, além de construir um plano de engajamento com fluxos estruturados, conteúdos relevantes e formas de interação realmente focadas na jornada do paciente, caso contrário, é dinheiro jogado fora. Comunicação Multicanal Como falamos anteriormente, a premissa de uma rede social como o WhatsApp é a interação. Para que isso funcione perfeitamente, fazer a “lição de casa” é fundamental! A melhor forma de proporcionar uma interação eficaz é integrando diferentes canais (site, blog, SAC), atrelado à orquestração de um plano de conteúdos que conversem entre si, com segmentação por tipo de usuário, patologia, estágio da doença e perfil demográfico. Atenção: não se esqueça de que toda comunicação via WhatsApp requer aprovações da META. Planeje-se com antecedência! Soluções integradas É muito mais difícil e arriscado usar o WhatsApp apenas como ferramenta de notificação. Assim, quem pensar em utilizá-lo em seu negócio não deve deixar de lado a necessidade de integrações via API, editores visuais, uso de bots, de inteligência artificial, links externos e outros recursos. Orientar o consumidor sobre como localizar a farmácia mais próxima e ensiná-lo a ativar adesões, além de submeter questionários com escalas de risco, etc. Com isso você proporciona a interação de forma estruturada e escalável. Permissões Legais O uso de qualquer nova forma de comunicação com pacientes e consumidores está sujeito às diretrizes e regras da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). Portanto, se você ainda não possui o consentimento (opt-in) para uso do WhatsApp, terá que enfrentar essa etapa antes de começar a interagir com o seu público através da plataforma. Obs.: Fique atento à Política de Mensagem e Política de Comércio do WhatsApp, disponível aqui. Budget e volumetria O uso do WhatsApp em modelos de relacionamento não requer grandes investimentos, mas é preciso entender como o seu uso se adapta no orçamento de investimentos da indústria. Mídias com interações são precificadas de acordo com o volume de usuários e na quantidade de interações junto a eles dentro de um período de 24 horas, podendo resultar em valores unitários superiores aos das mídias tradicionais. Por isso, indústrias que tradicionalmente construíram seus canais de comunicação através de meios como e-mail e SMS devem ficar atentas ao aderir o WhatsApp.