Em épocas de isolamento, temos assistido profundas mudanças na economia do consumo. A primeira delas foi o crescimento dos canais de compra pela web. Segundo dados do Comitê de Métricas da Câmara Brasileira de Economia Digital (camara-e.net), no mês de dezembro de 2020, as vendas por e-commerce registraram alta de 53,83% em relação ao mesmo período de 2019. No acumulado do ano, o saldo foi positivo com crescimento de 73,88%.
Mesmo com a flexibilização de abertura de diversos segmentos do comércio, muitas categorias caíram na graça dos brasileiros para a compra online, como artigos de tecnologia e informática, moveis e eletrodomésticos, vestuários, calçados e artigos de saúde e bem-estar.
Num recente estudo da Kantar, o comércio eletrônico ganhou espaço na preferência dos consumidores, crescendo 2,3 vezes no Brasil. 68% dos respondentes brasileiros dizem que os apps de entregas em domicílio os satisfazem totalmente no quesito velocidade, 63% na facilidade de uso, 64% na qualidade dos produtos e 77% na facilidade de pagamento. Compras por telefone ou Whatsapp e em sites ou aplicativos de supermercados também foram avaliadas.
Na contramão desse cenário promissor, cuja tendência parece irreversível, o comércio varejista perdeu, em 2020, cerca 75 mil lojas para a COVID-19, segundo dados da Confederação Nacional do Comércio – CNC.
Setores como atividades artísticas, transporte aéreo, alojamento e alimentação vêm sendo duramente castigados neste período. Nas regiões metropolitanas, o comércio em torno dos centros empresariais vivia praticamente em função do movimento dos escritórios. De restaurantes por quilo, farmácias, salões de beleza, pequenas lojas, serviços em geral, muita gente não conseguiu ou teve que se reinventar.
A pandemia do novo coronavírus desafia todas as estatísticas e projeções, transformando o comportamento de consumo. Se você atua em planejamento, vendas e marketing, fique atento a isso!
Uma das mudanças mais significativas que li num recente estudo de Consumer Insights da Kantar, foi a inclusão de novos canais na rotina de compra da população, que agora busca fazer o abastecimento em mercadinhos de bairro, pequenos varejos e varejos tradicionais para evitar aglomeração.
A busca por comodidade e segurança em tempos de pandemia tem atraído os consumidores para os pequenos negócios de bairro. De acordo com o estudo, entre os novos hábitos, a necessidade de evitar aglomerações é um dos quesitos que mais influenciam o consumidor na hora de escolher de onde comprar. Dessa forma, os estabelecimentos menores e próximos de casa acabam sendo opções interessantes aos consumidores.
São dados promissores da retomada do comércio de comunidade que você precisa ficar atento, em especial na sua estratégia de distribuição numérica.
Ainda de acordo com a pesquisa, cerca de 74% dos brasileiros dizem que continuarão seguindo essa recomendação para evitar aglomerações mesmo quando a quarentena terminar. São mais de 3 milhões de lares que passaram a comprar na vizinhança ou em comércios tradicionais
Afinal, o que esta nova realidade impacta o dia a dia de seus negócios e junto as farmácias e drogarias de bairro?
Reuni, aqui, alguns pontos importantes para quem planeja as estratégias das marcas no setor de healthcare e deseja surfar essa onda:
- Revise sua estratégia de distribuição numérica
A ponderada pode ir bem, mas nessa hora é importante rever o alcance e cobertura de sua malha de distribuição, permitindo que suas marcas estejam nas prateleiras de seus parceiros. Conte com seus parceiros de transfer order para esse momento, elabore estudos de distribuição identificando players que cresceram com o deslocamento dessa demanda.
- Cuide dos estoques de seus parceiros do varejo
Calibre os critérios e algoritmos de reposição. Ajude os varejistas menores com propostas comerciais que ofereçam além das condições de preço/desconto, prazos maiores para pagamento, mediante maior faceamento do estoque.
- Direcione seu esforço promocional
Muitas empresas retiraram suas equipes de promotores e “merchans” do campo com a pandemia e perderam a capacidade de execução em loja, mas existem alternativas interessantes que podem ser orquestradas como operadores logísticos, combinados com ações digitais que farão suas ações e materiais chegarem no ponto de venda e serem bem executados.
- Aprimore o relacionamento e a comunicação com as farmácias de comunidade
Possivelmente, muitos desses comércios (farmácias e drogarias de bairro) estão desatualizados sobre suas marcas, lançamentos, ações de mídia e comunicação que você vem promovendo. Crie canais exclusivos de acesso aos parceiros do varejo, fornecendo conteúdo e informações para ajudá-lo a vender e promover seus produtos
- Desenvolva programas de capacitação, treinamento e desenvolvimento a distância
Este é um novo cenário, que muitos de seus parceiros também não sabem como enfrentar. Desenvolva programas que capacitem o comércio local a explorar essa oportunidade.
Oriente como estruturar o disk entrega, como planejar ações digitais ou usar o whatsapp com a comunidade local etc. Atrelado a sua marca, você contribuirá para o desenvolvimento do varejo e ampliando o potencial de vendas de seus parceiros
- Inclua lojas do comercio de vizinhança na rota de buscas para os consumidores
Instale os serviços de busca de seus produtos com ferramentas de geolocalização. Nos programas de pacientes ou com seus parceiros de transfer order, é possível gerar serviços que ajudarão os consumidores a encontrar mais facilmente seus produtos bem pertinho deles
Se existe algo que você não pode perder, é esse momento. Ter um consumidor, shopper ou paciente entrando em uma farmácia e não encontrando seu produto, sem informação, saindo frustrado ou decidindo por outra opção em épocas como essa… Nem pensar!
Se quiser bater um papo com a gente, é só chamar!
Pense Nisso!
WhatsApp chegou ao Brasil em 2010 e, desde então, tornou-se uma ferramenta indispensável no dia a dia dos brasileiros. Depois da Índia e Indonésia, o Brasil ocupa o 3º lugar em maior número de usuários, somando 147,21 milhões de contas em todo o país. Estima-se que mais de 84% dos brasileiros utilizam a plataforma todos os dias no âmbito social e, cerca de 76%, para falar com marcas. Eles passam cerca de 29 horas por mês no aplicativo. Mesmo fazendo parte do dia a dia dos brasileiros há tanto tempo, foi somente em meados de 2021 e 2022 que surgiram regras mais flexíveis, bem como a liberação da API para o uso do WhatsApp pelas empresas farmacêuticas. Entretanto, algumas das regras continuaram muito específicas e restritas para o setor (indústria, varejo e prestadores de serviços). Um dos principais obstáculos, por exemplo, é a proibição da venda e promoção de drogas sujeitas à prescrição médica através deste canal da indústria farmacêutica. Na relação direta com o consumidor, estão permitidas atividades como: consulta de bula, posologia, participação nos programas de medicamentos, esclarecimento de dúvidas e orientação sobre reações adversas. Mas se já é liberado, por que o uso do WhatsApp ainda não está totalmente difundido na indústria farmacêutica? Para entender a questão com mais profundidade, A DLOA vem acompanhando essa discussão entre seus clientes, parceiros e fornecedores. Neste blogspot, reunimos os 5 principais temas que circulam em torno do uso do WhatsApp no setor. Interação é a premissa O WhatsApp se caracteriza como uma mídia social voltada para a interação por troca de mensagens. Muitas empresas temem os riscos dessa situação, como o aumento de relatos de eventos adversos, além do fluxo de dúvidas e reclamações em seus canais. Seu uso apenas como uma simples ferramenta de notificação, além de não ser recomendado, subutiliza a plataforma e frustra os usuários que não conseguem interagir pelo canal. Por isso, é necessário conhecer com quem você irá se relacionar e entender a qualidade do cadastro, além de construir um plano de engajamento com fluxos estruturados, conteúdos relevantes e formas de interação realmente focadas na jornada do paciente, caso contrário, é dinheiro jogado fora. Comunicação Multicanal Como falamos anteriormente, a premissa de uma rede social como o WhatsApp é a interação. Para que isso funcione perfeitamente, fazer a “lição de casa” é fundamental! A melhor forma de proporcionar uma interação eficaz é integrando diferentes canais (site, blog, SAC), atrelado à orquestração de um plano de conteúdos que conversem entre si, com segmentação por tipo de usuário, patologia, estágio da doença e perfil demográfico. Atenção: não se esqueça de que toda comunicação via WhatsApp requer aprovações da META. Planeje-se com antecedência! Soluções integradas É muito mais difícil e arriscado usar o WhatsApp apenas como ferramenta de notificação. Assim, quem pensar em utilizá-lo em seu negócio não deve deixar de lado a necessidade de integrações via API, editores visuais, uso de bots, de inteligência artificial, links externos e outros recursos. Orientar o consumidor sobre como localizar a farmácia mais próxima e ensiná-lo a ativar adesões, além de submeter questionários com escalas de risco, etc. Com isso você proporciona a interação de forma estruturada e escalável. Permissões Legais O uso de qualquer nova forma de comunicação com pacientes e consumidores está sujeito às diretrizes e regras da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). Portanto, se você ainda não possui o consentimento (opt-in) para uso do WhatsApp, terá que enfrentar essa etapa antes de começar a interagir com o seu público através da plataforma. Obs.: Fique atento à Política de Mensagem e Política de Comércio do WhatsApp, disponível aqui. Budget e volumetria O uso do WhatsApp em modelos de relacionamento não requer grandes investimentos, mas é preciso entender como o seu uso se adapta no orçamento de investimentos da indústria. Mídias com interações são precificadas de acordo com o volume de usuários e na quantidade de interações junto a eles dentro de um período de 24 horas, podendo resultar em valores unitários superiores aos das mídias tradicionais. Por isso, indústrias que tradicionalmente construíram seus canais de comunicação através de meios como e-mail e SMS devem ficar atentas ao aderir o WhatsApp.